OPINIÃO | A culpa não é minha, eu votei na Luciana Genro 5tm4m

E em meio a tanta troça oficial ainda há quem possa tentar contar vantagem de alguma forma em meio a tantos atos vergonhosos 3vc5m

por Daniel de Carvalho* 374w1e

Se for para colocarmos um nome para a década dos anos 2010’, talvez “década das aparências” fosse uma boa opção. Aparentemente parece (sic) estar tudo ótimo enquanto na prática a realidade é outra. Melhoras ventiladas das senhoras Economia e Inflação tomam destaque enquanto o fim do combate ao trabalho escravo, a superlotação absurda do sistema prisional, a desigualdade que atinge os mesmos níveis de 20 anos atrás, insegurança trabalhista e subemprego, entre tantas mudanças, ainda se aceita a corrupção enquanto oficializa-se a livre iniciativa corrupta como um braço do governo, valendo tudo para se beneficiar, cabendo todo mecanismo para sobreviver.

Daniel de Carvalho é publicitário e presidente do PSOL de Botucatu

Em meio a tanta troça oficial ainda há quem possa tentar contar vantagem de alguma forma… Não veem que em meio a tantos atos vergonhosos, caos que vem se tramando nesta década que a história ainda colocará uma alcunha – mais do que uma “década perdida”, como os anos 80, uma década roubada – não há como comemorar tamanha desgraça e retrocesso apenas por não participar da ala vergonhosa da vitória dos corruptos. A profundidade de cada ato político realizado pelos grandes magnatas da aristocracia nacional não deixa que abandonemos a ideia de que a culpa é de cada um. Tem que ser.

O “trem”, como diz o Mineirinho, afeta a todos de forma basilar, a corrupção está gravada e filmada, mas, mesmo assim, a cara de pau para varrê-la para debaixo do elefante branco da Lava Jato desperta histórias de roteiros fantástico: “Tu finges que é verdade, e eu finjo que nada aconteceu”. Como cantou Simonal, “vamos voltar à pilantragem!”, a malandragem de gangster e cartel bem conhecidos, enquanto lançam preocupação à saúde delas, Economia e Inflação.Quantas oportunidade tivemos de fazer diferente? No jogo da política institucional os rendimentos fazem a diferença. Publicidade, visibilidade, assessoria, recursos divulgam o que quer que seja verdade. Já destacava Hannah Arendt lembrando que a história não é contada pelos vencidos. Quando querem, despertam a maré turva e barulhenta que renova o medo social com toda insegurança que toma conta de cada família, fruto das grandes tempestades e seus assustadores trovões que sinalizam os maus tempos. Assolam a educação, ameaçam a saúde e garantem a preocupação enquanto nas terras do colarinho branco comemoram que as aparências parecem estar funcionando.

A história e toda propaganda martela constantemente o roteiro da novela, surgindo no horizonte, em meio a fortes trovejadas, uma “Arca de Noé” guiada por um senhor de terno e colarinho branco, dois braços erguidos sinalizando “V” com os dedos. Está montado o cenário que justifica aceitar com tamanha irresponsabilidade um governo corrupto que estaria comprando perdão através de Viadutos, na primeira denúncia, e acredita-se que desta vez haja 9 mil ambulâncias para destino, que aceitarem não investigar Michel Temer.Em todo momento dessa história o sujeito contador dessa história sempre foi mero espectador ou orquestrado pelas aparências ou ignorado em meio à plateia enquanto os atores principais e coadjuvantes fazem o show no palco que montaram. A culpa não é minha, nunca foi, e se assim se mantiver, nunca será.

Não temos controle sequer sobre os investimentos em nossa rua, da gestão dos eventos em nosso bairro ou da qualidade da Saúde e Educação em nossa comunidade, e quanto à eleição hoje basta votar a cada dois anos, ano que vem, novamente, e esperar que façam a diferença conforme prometeram? Ou seguimos desta forma distante e iva, ou interrompe-se esse ciclo vicioso de negociatas entre magnatas, e para-se de viver de migalhas para realmente cada família controlar o destino de sua vida e de seus próximos. A volta da confiança na política institucional, dos representantes e formatos de gestão, tem que renascer a partir da inovação no quadro político, mas, principalmente, na inclusão de todos na gestão desde a tomada de decisão, na transparência e cidadania direta e participativa, sem estes intermediários negociantes dos direitos do povo.

É hora de renovar realmente a responsabilidade da decisão pelo caminho tomado, que é decisivo para se evitar o ciclo de falsas esperanças e migalhas que insiste em renovar na história. Enquanto os velhos coronéis e todos governos que aram pelas casas de poder em Brasília sempre se sustentam pela coalisão no Congresso, dinheiro e interesse em negociata de bastidores e conquista dos interesses individuais, a mudança vem da coalizão popular, da real autonomia e empoderamento de cada um e de todos para votar e defender seu programa durante o governo, as negociações abertas e claras, seu próprio ideal de cidade e de país, questionar e lutar para que a gestão e o ano sejam os melhores possíveis, diretos e juntos.

Só atingiremos resultado diferente se mudarmos a formula, e é hora de excluir os intermediários. Todo poder vem do povo, de todos e cada um, e devemos agir nas ações em nosso bairro assim como na representação em casas de nossa cidade e em Brasília.

Abre o olho, amiga e amigo, participe da vida política de sua cidade! Seja a pessoa que você gostaria de votar na próxima eleição.

Só a luta muda a vida.

Daniel de Carvalho – Presidente do Partido Socialismo e Liberdade – PSoL 50 Botucatu, estudante de direito e empresário.

Para ler todos os artigos deste colunista, e o hotsite Botucatu Para Todos!

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