OPINIÃO | Eu não jogo lixo no chão. E você? 6n1d2g
Por que o espaço que é público não merece o mesmo cuidado? 6b3t2d
por Patrícia Shimabuku* 4a1y2s
Ninguém joga lixo no chão de casa, não é verdade? Ou joga? Imagino que não. Mas, por que da porta para fora é diferente? Por que o espaço que é público não merece o mesmo cuidado? Afinal, todos querem transitar por ruas/calçadas e frequentar praças/áreas verdes limpas.
Que a verdade seja reconhecida: “CADA UM É RESPONSÁVEL PELO LIXO QUE PRODUZ”.
Muitas são as desculpas por aqueles que insistem em jogar lixo no chão: (1) “eu pago imposto para isso mesmo, para Prefeitura vir e limpar”; (2) “eu jogo a latinha no chão para dar emprego para os catadores”; (3) “eu não fiz de propósito, foi sem querer, nunca jogo lixo no chão”; (4) “tanta coisa errada por aí e vocês vão implicar com uma bituca de cigarro”; e por fim a clássica, (5) “não há lixeiras suficientes na cidade”.
A ausência de lixeiras não é justificativa. Alguns países possuem lixeiras somente na frente de estabelecimentos comerciais e outros por motivos de segurança (antiterrorismo) nem possuem lixeiras em vias e ambientes públicos. E acreditem, a cidade é limpa!
O termo lixo é não o adequado, mas sim, resíduo. E digo mais, uma sociedade inteligente, responsável e preocupada com o seu presente e seu futuro, produz o mínimo de resíduo e quando o produz, este é reaproveitado ou reciclável. O resíduo é matéria prima para determinados segmentos econômicos; quando não, se torna um problemão para humanidade. Por acaso, você acredita que ao colocar o lixo na lixeira ele desaparecerá? Indo para o aterro sanitário ou não ele continuará sendo um problema. Quanto tempo cada item que está dentro dos seus saquinhos de lixo levará para decompor-se no aterro? Amplie suas reflexões, quanto de lixo é produzido por dia na sua família, cidade, país…
A solução da problemática do lixo começa no ato da compra, além de pensar no custo, qualidade e eficiência, precisamos levar em consideração o descarte. Mas, isso será assunto do próximo texto.
Se tem ou não lixeira próxima, se não achou o local para jogar a bituca, se não tem onde jogar o lixo dentro do ônibus, se na sua rua a coleta ou a varrição é precária; jogar o lixo “no vento” como se ele fosse desaparecer, é se desconectar do Planeta em que se vive. Se queremos evoluir como cidadão e cobrar soluções do Poder Público, precisamos colaborar. Todos ganharemos com isso, pode apostar. Os espaços públicos são nossos quintais!
*Patricia Shimabuku é farmacêutica industrial, professora e ativista socioambiental.
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