A saúde? Vai muito bem, obrigado! 6i6ku

O Brasil vive agora uma política liberal apoiada pelo governo PSDB-PMDB em Brasília, de apoio às empresas que queiram substituir o atendimento público 5z351

por Gustavo Costa* 613y4p

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o melhor sistema de saúde do mundo é o francês desde a criação do sistema de saúde nacional no governo do Partido Socialista, onde os mais de 65 milhões de habitantes são cobertos por um sistema de saúde universal com 80% de todos os gastos em saúde pagos pelo governo, resultando no sistema mais igualitário e eficiente do mundo. Na contramão da universalização e no combate ao tratamento desigual do Estado, os Estados Unidos, apesar de ser o país que mais gasta em saúde, cerca de 16% do PIB contra 11% da França e míseros 1,69% do Brasil, aparecem em 31º na lista das melhores políticas de saúde do mundo, ficando atrás de países como Colômbia e Marrocos.

O Brasil vive agora uma política liberal apoiada pelo governo PSDB-PMDB em Brasília, de apoio às empresas que queiram substituir o atendimento público, e se posta alinhado ao primeiro mundo “à americana”, enxergando o cidadão como cliente e atendendo conforme o custo da ação e no privilégio à iniciativa privada, pecando três vezes, primeiramente desqualificando o investimento no serviço público seguro da promoção da necessidade da iniciativa privada, outra estrategicamente ao combater a morte ao invés de incentivar a vida, e a terceira, um pecado moral com um ato desumano que segue ignorando a Constituição e abandona ao descaso do atendimento público “assistencialista” quem não possui recursos para investir em plano privado. Não senhoras e senhores, direitos são direitos, garantir saúde não é favor, é uma necessidade do povo e obrigação do Estado.

Em nosso curral, na Câmara Municipal de Botucatu segue galopante propostas de alterações na Lei Orgânica do Município. Um dos destaques é a formalização da gestão privada no SUS, uma mudança sutil que abre uma porteira de maldades que vão desde investimentos direcionados ao lucro e não à prevenção da doença, até a desvalorização do profissional de saúde já claramente evidenciada em nossa cidade, vide disparidade salarial entre funcionários do Estado, Município e Fundações ainda que tais funcionários possuam as mesmas habilidades e exerçam as mesmas funções.

À luz da realidade que estamos entre os países com menor investimento em saúde pública do mundo, e que o atendimento em Botucatu e no Brasil segue focado em garantir a saúde conforme o benefício ao cofre público e privado envolvido na negociação, a Câmara dos Vereadores de Botucatu avança com essa “simples adequação”, já aprovada em primeiro turno, demonstrando que não está disposta a discutir os pontos importantes para a população e sim seguir de olhos fechados sempre atrelados aos interesses partidários. Abandonam a suposta defesa dos direitos do cidadão e formalizarão a expansão para participação dos Convênios Privados a atuarem na rede pública da cidade de Botucatu. E a cama está sendo arrumada há tempos: após 3 anos à frente da Secretaria de Saúde, o então secretário migrou em julho da função pública para a de diretor do Fundação UNI, convênio de saúde amplamente utilizado pela atual gestão de Botucatu e São Manuel. Dia após dia estamos abrindo mão de gerir a saúde pública, de cuidar da saúde do botucatuense, abandonando o cidadão à própria sorte e aos interesses privados.
Ruim para a saúde, péssimo para a economia.

Estudos apontam que despesas em planos de saúde representam o segundo maior custo das empresas ficando atrás somente da folha de pagamento e, adivinhe só, em um cenário de comércio estagnado e indústria com nervos à flor da pele, menos verba para a saúde pública significa necessidade de maior investimento na iniciativa privada, mais dinheiro saindo do bolso do empresário brasileiro, afogado em contas e impostos, tentando sobreviver. Você empresário que acha que a situação está difícil e está quase impossível equilibrar as contas, se prepare, o futuro é sombrio! Mais uma medida dos liberais onde o mercado vai dar as cartas na estrutura pública e na garantia dos direitos do cidadão onde o trabalhador vai pagar a conta, o cidadão carente vai seguir ainda mais ignorado e o Estado abandona suas responsabilidades para garantir o equilíbrio econômico dos investidores de campanha.

Enquanto uns atendem com o coração no peito e a cabeça na consciência, outros analisam a saúde com a coração na ponta do lápis, no resultado da calculadora, e assim seguirá este governo PSDB que agora organiza o país, o Estado e o Município, sem debater realmente onde está desequilíbrio econômico, não somente na despesa, mas também na arrecadação, que será analisa na coluna de terça feira da semana que vem.

*Gustavo Costa é comprador especialista em análise de custos, trabalhador da indústria e militante do PSOL 50 de Botucatu.

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